Manifesto

“A impossibilidade de atingir os seres reais me lançou ao país das quimeras e nada vendo realmente que fosse digno de meu delírio, alimentei-o num mundo ideal que minha imaginação criadora em breve tinha povoado segundo os desejos de meu coração.”
- Jean-Jacques Rousseau (As Confissões)


Em tempos de redes sociais, onde o princípio mor das plataformas é gratificar e nos conduzir ao consumo desenfreado, a comunicação é feita em nacos de fácil assimilação pelo leitor. A mensagem, ilusória expressão pessoal, serve mais ao propósito dos donos.

Opondo-se a isso, vemos a Web pequena, um meio livre, versátil e de fácil acesso, como a melhor maneira de transportar nossas visões.

Este site é uma espécie de revista literária com aspecto visual jornalístico criada para o divertimento de quem vos fala. Nele haverá resenhas, onde analisarei livros agregando influências externas, como o conjunto da obra do autor e o período histórico vivido por ele; também serão incluídos artigos de opinião e uma seção de folhetim com vários gêneros de ficção.

A inspiração para o AS QUIMERAS vem de uma tentativa fracassada de criar um jornal escolar. Esta alternativa, menos custosa e de maior circulação, concretiza seu intuito de oferecer uma visão independente de maneira gratuita a todos.

O nome da revista, que significa uma "fantasia, sonho, esperança ou projeto geralmente irrealizável, utopia" (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa), retrata a busca do site em se desvencilhar da realidade factual por meio de seus textos e encontrar um estado de consciência mais profícuo onde a arte rege a vida.

Pode-se ter a impressão de que o escapismo é apenas um meio de suportar a realidade, mas também dá a ela perspectivas que vão além do pragmatismo, contribuindo para a construção de um amanhã melhor. Um mundo sem sonhadores é um mundo estagnado.